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Encurralado pela transparência da excelência contábil

Em face da adequação internacional da Contabilidade adotando

Por: Elenito Elias da Costa

1. INTRODUÇÃO

Em face da adequação internacional da Contabilidade adotando os princípios internacionais, agregado as inovações tributárias com o implemento da informática, governo, sociedade, investidores, gestores e profissionais, estão carecendo de uma educação globalizada, que insira uma melhor capacitação e qualificação desses fatores.

Essa seara de empresas, relatórios, demonstrações, profissionais investidores, sociedade e governos estão entrelaçados entre si, onde somente se destacam aqueles que destilarem uma educação globalizada, que possa entender e utilizar ferramentas adequação e que possam agregar valor á empresa e ao patrimônio.

Entender como as empresas, e em especial as empresas localizadas na Região Nordeste, vêm evoluindo na adesão aos padrões contábeis internacionais e às melhores práticas de governança corporativa é um item fundamental para o desenvolvimento de um mercado de capitais próspero e sustentável.

O Brasil se destaca entre os países emergentes como o país com a maior atratividade para investimentos, com excelentes perspectivas decrescimento, impulsionado pelo ganho no poder aquisitivo de sua população em geral nos últimos anos, com sua grande oferta de commodities e recurso minerais, bem como pelos grandes investimentos previstos e pela visibilidade internacional que terá nos próximos anos, quando sediará a Copa das Confederações, a Copa do Mundo de 2014e os Jogos Olímpicos de 2016.

Neste cenário pujante, as empresas brasileiras que estiverem mais bem adaptadas às exigências de um mercado globalizado e que demonstrarem ter melhores práticas de governança terão melhor acesso ao crédito, atrairão novos investimentos e firmarão novas parcerias estratégicas.

Nessa visão mercadológica o cenário se torna restrito e personalizado, mas vantajoso para aquele que possa nele se inserir, demonstrando comisso, a sua seletividade.

É fato que ao observar o cenário econômico internacional e nacional encontramos axiomas comuns, o que força a entender a necessidade de proceder a um DIAGNÓSTICO, para que possamos identificar os reais pontos fracos e fortes, em seguida inserir melhorias contínuas para minorar os pontos fracos e elevar os pontos fortes, isso tudo representando por um PES — PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SUSTENTÁVEL, que se notabiliza pela continuidade e sustentabilidade do sistema.

Se, trata, portanto de adota o CHA - COMPETÊNCIA, HABILIDADE E ATITUDE, mas para esse acontecimento se faz necessário o comprometimento de ações que visem o macro objetivo.

Empresas e profissionais de contabilidade, só terão futuro se houver entendimento e um esforço hercúleo de conviver em simbiose racional, demonstrando transparência e exímios controles internos, assim como, analogamente investidores devem compreender que o LUCRO fácil (ágio) é um RISCO perfeitamente calculável.

A volatilidade é conseqüência de oscilações decorrente da instabilidade dos mercados, que por sua vez representa o real momento que se encontra a economia globalizada.

No presente momento os profissionais de contabilidade estão se adequando ás normas internacionais, e essa mutação expõe a empresa a demonstrar suas vísceras de modalidade transparente, pois quaisquer estratégias lúdicas o fantasiosa tende a perecer.

No momento de transição, as Demonstrações Contábeis e Financeiras das empresas, representadas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício, Demonstração do Fluxo de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido e as Notas Explicativas, todas elas tem sua real importância, mas particularmente me declino a ler com mais apreço as Notas Explicativas das empresas, já que nela estão contidas informações de suma importância para a ANÁLISE.

Após examinar diversas demonstrações contábeis e financeiras de diversas empresas vantajosas, mas quando lia as observações contidas nas Notas Explicativas me levantava a desconfiança, pois em sua maioria informava que estava implementando as inovações do CPC, comprovando uma INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL declarada.2. TEORIA DA DISSONÂNCIA COGNITIVA

Diversas pesquisas mostram que, geralmente, as pessoas buscam consistências entre suas próprias atitudes, e entre suas atitudes e seu comportamento. Isso significa que as pessoas procuram reconciliar atitudes divergentes e alinhar suas atitudes e seu comportamento, de maneira que pareçam racionais e coerentes. Quando surge uma inconsistência, desencadeiam-se forças que levam o indivíduo de volta a estado de equilíbrio, e que as atitudes e o comportamento tornam-se coerentes novamente.

Segundo Leon Festinger, ele relata que a Teoria da Dissonância Cognitiva, busca explicar o vinculo existente entre atitude e comportamentos. A dissonância significa uma inconsistência. A dissonância cognitiva se refere a qualquer incompatibilidade que um indivíduo percebe entre duas mais de suas atitudes, ou entre suas atitudes e seu comportamento.

Festinger, afirmava que qualquer forma de inconsistência é desconfortável e que as pessoas sempre tentam reduzir a dissonância e, assim desconforto. Portanto, as pessoas buscam um estado de estabilidade no qual exista um mínimo possível de dissonância.

Evidentemente, ninguém consegue evitar totalmente a dissonância, nesse entendimento Festinger, propõe que o desejo de reduzir a dissonância será determinado pela importância dos elementos que a criam, grau de influência que a pessoa acreditar ter sobre esses elementos e as recompensas que podem estar envolvidas na dissonância. O grau de influência que os indivíduos acreditam ter sobre os elementos vai exercer um impacto em como vão reagir à dissonância.

Os valores representam convicções básicas de que “um modo específico de conduta ou de valores finais é individualmente ou socialmente preferível a um modo oposto”. Eles contêm um elemento de julgamento, baseado naquilo que o indivíduo acredita ser corretos, bom ou desejável. Os valores possuem atributos tanto de conteúdo como de intensidade. O atributo de conteúdo determina que um modo de conduta ou de valores finais é importante. O atributo de intensidade especifica quanto ele é importante.

 

“Como posso saber o que penso antes de ver o que digo? E. M. Forster”

 

3. DAS ANÁLISES ECONÔMICAS E FINANCEIRAS

 

É muito comuns as empresas e instituições apresentarem seus relatórios e demonstrativos contábeis e financeiros, acompanhado de análises econômicas e financeiras tais como: Ebtida, EVA, FIK, Pay Back, Pay Out, Capital de Giro, Capital Fixo, Capital de Terceiros e de Rentabilidade, e demais índices, devidamente acompanhados de análises depurativas e comparativas ao período imediatamente anterior.

O incomum é que não encontramos análise conjuntural das Notas Explicativas do período atual em relação ás do período anterior.

Geralmente ficamos satisfeito e inebriados, quando nos apresentam o valor ou percentual unitário do lucro por ações, nos deixando perceber que o LUCRO é somente o retorno financeiro que se oferece deixando de lado ás avaliações das variáveis intrínsecas e extrínsecas.

Essa limitação interpretativa poderá deflagrar ações torpes e dúbias que dilaceram o Capital investido, mas isso é o RISCO que o néscio desprovido de uma educação de qualidade está passível.

Mesmo quando receba informações aglutinadoras e emocionantes de Stakholders envolvidos emocionalmente e que destilam informações sem lhe deixar proceder a um diagnóstico racional e lógico dos fatos elencados, pois sua ação é objetiva, não lhe deixando citada margem, pois se assim fosse poderá inibir seus intentos.

A forte expansão presenciada em 2010 e a expectativa de manutenção do crescimento, ainda que em um ritmo não tão acentuado como no período anterior à instabilidade dos mercados globais verificada principalmente a partir no terceiro trimestre de 2011, já trazem à economia brasileira uma maturidade que se reflete no fortalecimento do mercado interno e no desenho de novas demandas por parte dos consumidores.

O movimento mais perceptível no varejo, com os contínuos crescimentos nas vendas e no consumo das famílias, é refletido também na produção industrial, em gradual recuperação, mesmo que com sintomas de instabilidade em seus números, após o cenário de recessão global que a impactou de forma mais célere ao longo de 2008 a 2010.

Nestes três anos, a estagnação em grande parte dos mercados ao redor do mundo foi muito bem contornada pelo Brasil, proporcionando ao ambiente de negócios local, certo grau de oportunidades em meio às incertezas que ainda cercam, principalmente, as economias mais maduras.

Nesse contexto, as pequenas e médias empresas que mais crescem no Brasil enxergam o momento como importante para continuar a pensar e conduzir iniciativas que mantenham os seus custos competitivos e as possam diferenciar dos concorrentes.

Estes são os propósitos apontados como os principais desafios percorridos para a expansão dos negócios nos últimos três anos e alinhados com um mercado que consome mais e, da mesma forma, exige uma nova postura de todas as empresas.

O ciclo de expansão no Brasil deve continuar. Porém, a forte retomada no crescimento presenciada em 2010 não deve ser replicada da mesma forma no médio prazo. Mesmo assim, a constante evolução do consumo interno, a recuperação gradual da indústria e o baixo nível de desemprego sinalizam um ambiente favorável aos negócios no País.

 

4.GESTÃO DE RISCO FINANCEIRO

As atividades econômicas de qualquer entidade estão passíveis de riscos financeiros, dentre eles podemos identificar diversos outros, quais sejam:

a) Risco de Mercado, incluindo risco da moeda, risco da taxa de juros de valor justo, risco de taxa de juros do fluxo de caixa, e risco de preço motivado pela concorrência;

b) Risco de crédito

 

c) Risco de Liquidez.

Ressalto essas evidencias para que possamos entender que muita das estratégias empreendidas pela gestão empresarial deve-se se avaliar o fator RISCO, seja do investidor, seja da empresa.

Só que o nível de transparência e de controle interno exigido das empresas em sintonia racional com a sua contabilidade retratada nos seus demonstrativos contábeis e financeiros, expõe com maior clarividência essas variáveis e mesmo que o analista, auditor, perito ou investidor não perceba mercado poderá identificar a punir com veemência citadas inconsistências.

Se nenhum prejuízo de alijar os participantes em seus valores os mesmo deverão responder por suas ações quando forem descobertas e comprovadas, submetendo-os á legislação pertinente.

5.CONCLUSÃO

Sabedor que somos da limitação cultural e educacional dos participes nos eventos que notabilizam a gestão empresarial e associado a sistemas que denotam maior transparência e controle interno das empresas inclusive com advento do EFD — Escrituração Fiscal Digital, que foi empreendido com fito de reduzir a sonegação fiscal e identificação dos indébitos acometidos por estratégias lúdicas e fantasiosas, anteriormente executadas.

É notório perceber o cenário atual e sua modernidade que exigem situações inequívocas de quaisquer legalidades.

Diante do exposto é factível a existência de fatos que podem identificar com clarividência a INCONSISTÊNCIA CONTÁBIL, refletida nos Demonstrativos Contábeis e Financeiros das empresas.

Ressalto ainda ao investidor e os Stackholders, a leitura com exímia impessoalidade das Notas Explicativas, a fim de identificar asvariáveis mercadológicas implícita nas mesmas.

 

6. BIBLIOGRAFIA

a) Da Costa, Elenito Elias, CONTABILIDADE — Coletânea de Artigos No.1, Editora Grupo Fortes;

b) Da Costa, Elenito Elias, CONTABILIDADE — Coletânea de Artigos No.2, Editora Grupo Fortes;

c) Da Costa, Elenito Elias, TANSPARÊNCIA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EFINANCEIRAS, Editora Juruá.

d) Robbins, Stephen P, Comportamento Organizacional, Ed. Técnica.

 

ELENITO ELIAS DA COSTA

Contador, Auditor, Analista Econômico e Financeiro, Professor Universitário, Professor Universitário Avaliador do INEP/MEC do Cursode C. Contábeis, Pesquisador das conseqüências da Adequação Internacional. Articulista de diversas Revistas e Sities, Autor de diversos artigos. Auto de Livros, Sócio da empresa Irmãos Empreendimentos Contábeis S/C Ltda.